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Praça do Capim, por Noronha Santos

Planta da cidade de S. Sebastiaô de Rio de Janeiro,
Planta da cidade de S. Sebastiaô de Rio de Janeiro, via NYPL

PRAÇA DO CAPIM – A partir de 1817, a cultura do capim de Angola constituiu, nas redondezas da cidade, negócio muito explorado para forragem dos animais de montaria, carruagens e veículos de carga. Vendiam-se os feixes de capim a dois vinténs e nas casas ricas fazia-se a aquisição por meio de assinatura mensal. Debret, referindo-se a esse lucrativo comércio e às plantações que se fizeram em Botafogo e no Engenho Velho, em 1819, acentua que tal desenvolvimento conquistou que se chegou a estabelecer um mercado especial, chamado Praça ou Largo do Capim.

Denominou-se, logo que foi aberta no século XVIII, Campo da Forca, ali permanecendo, durante muitos anos, o patíbulo. Crismaram-na depois de Praça Nova e desde 1817, Largo ou Praça do Capim. Por deliberação da Câmara Municipal, sob proposta dos vereadores Batista dos Santos (Visconde de Ibituruna) e Adolfo Bezerra de Menezes, de 2 de setembro de 1869, teve o nome General Osório, em homenagem ao Marechal Manuel Luiz Osório, então Visconde de Herval, nascido a 10 de maio de 1808 e falecido a 4 de outubro de 1879. Por decreto n. 2.192, de 9 de setembro de 1925, passou a chamar-se Praça Lopes Trovão, em memória do Dr. José Lopes da Silva Trovão, propagandista da República, falecido a 16 de julho desse ano.

Com as obras da Avenida Getúlio Vargas, desapareceu esse logradouro.

Fonte

  • Anotação de Noronha Santos na introdução do livro Memórias para Servir à História do Reino do Brasil

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Mapa - Praça do Capim