Rua Formosa, por Noronha Santos
![GUIA e plano da cidade do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 1858. Acervo digital da Biblioteca Nacional. GUIA e plano da cidade do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 1858. Acervo digital da Biblioteca Nacional.](/img/bn/bn_Guia-e-Plano-da-cidade-do-Rio-de-Janeiro-1858-Mc-Kinney_cart174224-Rua-Formosa.jpg)
RUA FORMOSA – Com a designação de Rua Nova ou Travessa Formosa, abrira-se em 1796 um caminho de difícil trânsito e que, quatro anos depois, pôde ser franqueado numa parte ao público, através de terrenos de Josefa Maria, Luiz da Rocha Machado e Antônio Costa Veloso, recebendo o segundo proprietário pelas benfeitorias inutilizadas – portão da chácara e árvores frutíferas – a indenização de 23$060. Em 1813, a 2 de novembro, expediu-se mandado de pagamento ao doutor Manuel Antônio da Rocha Sampaio da quantia de 200$ pela demolição de sua propriedade, junto à Lagoa da Sentinela, por ser imprescindível o terreno à fatura da nova rua. Por essa época, já estava franqueada a Rua Formosa ao trânsito do povo – da Rua do Conde ou Nova do Conde até à pedreira de Sant’Ana, além da Rua São Diogo, dependendo, no entanto, a sua aceitação do Senado da Câmara. Ligou-se em 1817 da esquina da Rua do Areal à Nova do Conde por um beco denominado da Caçoada.
Inocêncio da Rocha Maciel, em seu histórico dos logradouros da cidade, compreendidos na zona das sesmarias municipais, discrimina a abertura dessa rua em diferentes épocas e em terras de quatro chácaras que foram de Pedro Dias Pais Leme, Manuel Antônio Claro, Antônio da Rocha Machado, sargento-mor Anacleto Elias da Fonseca, Conde dos Arcos e do desembargador Duque Estrada.
Foi prolongada em 1839 em terrenos doados pela viúva do senador Duque Estrada e pelo conselheiro José Clemente Pereira – segundo deliberação da Ilustríssima Câmara de 1 de fevereiro de 1838, apesar dos protestos e da demanda intentada por Francisco Caetano da Silva e Manuel Alves Azevedo Sampaio, prejudicados com aquele útil melhoramento, que estendia o logradouro até à Rua dos Cajueiros.
Em sessão da Câmara Municipal, de 15 de março de 1873, foi-lhe dada a atual denominação – General Caldwell – em memória do tenente-general João Frederico Caldwell, falecido a 23 de fevereiro daquele ano.
Com as obras da Avenida Getúlio Vargas desapareceram os prédios ambos os lados, entre as ruas Visconde de Itaúna e Senador Euzébio.
Fonte
- Anotação de Noronha Santos na introdução do livro Memórias para Servir à História do Reino do Brasil
Imagem destacada
- GUIA e plano da cidade do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 1858. 1 planta ; 30,2 x 40,7 em f. 35,5 x 47cm. Acervo digital da Biblioteca Nacional.
Mapa - Rua Formosa, General Caldwell