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Rua da Prainha, por Noronha Santos

GUIA e plano da cidade do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 1858. 1 planta ; 30,2 x 40,7 em f. 35,5 x 47cm. Acervo digital da Biblioteca Nacional.
GUIA e plano da cidade do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 1858. 1 planta ; 30,2 x 40,7 em f. 35,5 x 47cm. Acervo digital da Biblioteca Nacional.

RUA DA PRAINHA – Aberta em meados do século XVII comunicando-se com as terras dos beneditinos, foi, pouco e pouco, prolongando-se do litoral para o interior da cidade, à medida que iam sendo aterrados brejais e valas ali existentes. Chamou-se Rua da Valinha, nas proximidades da do Valongo[1].

Em 1828, com a denominação do Largo da Prainha[2], um dos proprietários, Manuel Fernandes da Silva, dono de importante tanoaria, cedeu parte de sua chacrinha para retificação do alinhamento da rua.

Criada a prisão eclesiástica do Aljube, o trecho entre a Rua dos Ourives e Valongo (Imperatriz) ficou conhecido por aquele nome.

A denominação – Prainha – extensiva a todo o logradouro é de 1855. Neste ano, o vereador Jerônimo José de Mesquita (posteriormente Conde de Mesquita) propôs à Câmara Municipal que prevalecesse oficialmente na nomenclatura dos logradouros públicos, o nome – Prainha – para toda a extensão da rua. A portaria do Ministro do Império, Conselheiro Luiz Pedreira do Couto Ferraz (posteriormente Visconde de Bom Retiro), de 2 de março daquele ano, homologou a deliberação da Municipalidade.

Por ato da Câmara Municipal, de 14 de maio de 1888, chamou-se – Vieira da Silva – em homenagem ao Ministro da Marinha do gabinete João Alfredo, conselheiro Luiz Antônio Vieira da Silva, falecido a 3 de novembro de 1889.

A 21 de fevereiro de 1890 restabeleceu o primeiro conselho da Intendência Municipal a nominação – Prainha – confirmada a 28 de janeiro de 1892, na intendência presidida pelo Dr. Nicolau Joaquim Moreira.

Com as obras da remodelação da cidade, desapareceu a maior parte da Rua da Prainha, que se chamara num trecho – Aljube, absorvida pela Rua Acre, desde a Praça Mauá (chamada 28 de Setembro, a 14 de outubro de 1871), até a Rua Marechal Floriano (em frente à Rua Uruguaiana). O decreto n. 472, de 9 de fevereiro de 1904, denominou-a Rua Acre, em memória do tratado de 17 de novembro de 1903, promovido por iniciativa do grande brasileiro Barão do Rio Branco e pelo qual o Brasil entrou no pleno domínio de vasto território, limitado pelo Estado do Amazonas e as Repúblicas da Bolívia e do Peru.

A antiga Rua da Prainha, propriamente, denominada Leandro Martins, pelo decreto n, 2.798, de 20 de abril de 1928, ficou circunscrita a um pequeno trecho da Rua Acre à Rua Camerino.

Notas do editor

  1. Atual Rua Camerino. Fonte: Restier Gonçalves – Extratos Sobre Aforamentos – Índice Atualizado dos Logradouros (1929).
  2. Atual Praça Mauá. Fonte: Restier Gonçalves – Extratos Sobre Aforamentos – Índice Atualizado dos Logradouros (1929).

Fonte

  • Anotação de Noronha Santos na introdução do livro Memórias para Servir à História do Reino do Brasil

Imagem destacada

  • GUIA e plano da cidade do Rio de Janeiro. [S.l.: s.n.], 1858. 1 planta ; 30,2 x 40,7 em f. 35,5 x 47cm. Acervo digital da Biblioteca Nacional.

Mapa - Rua da Prainha