Largo do Palácio, por Noronha Santos
![PIANTA della cittá di S. Sebastiano di Rio de Janeiro. Nápoles [Itália]: Real Litografia Militare, 1844. Acervo digital da Biblioteca Nacional. PIANTA della cittá di S. Sebastiano di Rio de Janeiro. Nápoles [Itália]: Real Litografia Militare, 1844. Acervo digital da Biblioteca Nacional.](/img/bn/bn-Pianta-della-citt%c3%a1-di-S.-Sebastiano-di-Rio-de-Janeiro-cart326111-Largo-do-Pa%c3%a7o.jpg)
LARGO DO PALÁCIO – Antiga várzea de Nossa Senhora do Carmo, Terreiro da Polé, Terreiro do Paço e Pedro II. A denominação Praça Pedro II foi-lhe dada por deliberação da Câmara Municipal, de 15 de março de 1870. A 21 de fevereiro de 1890, o primeiro Conselho da Intendência Municipal denominou-a Praça Quinze de Novembro.
O primeiro ensaio de arborização de logradouros públicos fora feito nos tempos coloniais no Largo do Palácio, com o plantio sistemático de árvores destinadas a sombrear os embarcadiços e a maruja, que aí estacionavam – como nos diz a provisão de 17 de setembro de 1820.
No quadrilátero junto à Rua Primeiro de Março, antiga Direita, existiu um jardim, com dois portões, um dos quais ficava em frente à Rua Sete de Setembro. Subdividido em duas porções, realizou-se a sua inauguração a 25 de março de 1877. À beira mar esteve o mercado municipal, construído de 1835 a 39 e inaugurado neste último ano. Incendiado numa parte a 30 de dezembro de 1899 e a 7 de abril de 1909, demoliram-no em 1911.
De 1902 a 1906 passou por importantes melhoramentos esse logradouro. Iniciou-os o prefeito Xavier da Silveira Júnior a 15 de junho de 1902. Abrangendo os períodos das governanças municipais de Leite Ribeiro e Pereira Passos, este administrador concluiu os melhoramentos numa grande parte em junho de 1903. Prosseguiram, contudo, as obras de ajardinamento até 1906 e, posteriormente, novos melhoramentos foram realizados.
Dentre o grande número de escritores que se referem à história desse velho logradouro, citemos Debret (Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil), Daniel P. Kider (Reminiscências de viagens e permanência no Brasil), Carl Seidler (Dez Anos no Brasil), Charles Ribeyrolles (Brasil Pitoresco), J. A. Cordeiro (Ostensor Brasileiro – tomo I), Macedo (Pequeno panorama e Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro), Melo Morais, pai (Chronica Geral e Minuciosa do Imperio do Brazil), Melo Morais Filho (Quadros e crônicas), Moreira de Azevedo (O Rio de Janeiro), Escragnole Dória (Eu sei Tudo – janeiro de 1929), Vieira Fazenda (Antiqualhas e Memórias do Rio de Janeiro), Luiz Edmundo (O Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis).
Fonte
- Anotação de Noronha Santos na introdução do livro Memórias para Servir à História do Reino do Brasil
Imagem destacada
- PIANTA della cittá di S. Sebastiano di Rio de Janeiro. Nápoles [Itália]: Real Litografia Militare, 1844. 1 planta, col., 42,1 x 64,5. Acervo digital da Biblioteca Nacional.
Mapa - Largo do Palácio, Praça XV de Novembro