Chafariz das Marrecas, por John Luccock

Na cabeceira da Rua das Marrecas, fica uma fonte que, numa cidade tão pouco ornamentada, pode ser classificada de esplêndida. Consiste num recesso semicircular, com cerca de vinte pés de diâmetro, estando a plataforma elevada de seis pés acima do nível da rua; o acesso é constituído por um lance de degraus, a cuja destra fica um receptáculo destinado a bebedouro de cavalos, e, do outro lado, um semelhante para lavar roupa. Na frente, e acima destes, há um bonito gradil, e, nos pontos em que este encontra a curva de cada lado, um posto circular para sentinelas. De ambos os lados da frontaria existem pilares quadrados, com cerca de vinte pés de altura; um deles sustenta a figura de Diana, sob o aspecto de caçadora, a outra um homem que, talvez, será uma representação de Acteon. As figuras são de bronze, mas grosseiramente executadas. Ao redor da curva acham-se bancos de pedra, para acomodação dos que esperam a vez de apanhar água.
Fonte
- Luccock, John. Notas sobre o Rio de Janeiro e partes meridionais do Brasil: Tomadas durante uma estada de dez anos neste país, de 1808 a 1818. Tradução de Milton da Silva Rodrigues. São Paulo: Livraria Martins, 1942. 435 p. (Biblioteca Histórica Brasileira, direção de Rubens Borba de Morais, 10).
Veja também
Mapa - Chafariz das Marrecas