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Manuel Duarte Moreira de Azevedo, por Sacramento Blake

Manuel Duarte Moreira de Azevedo – Filho do doutor Manuel Duarte Moreira e dona Maria Dulce Cherubina de Azevedo, e irmão de Manuel Antônio Duarte do Azevedo, de quem ocupei-me há pouco, nasceu na vila de Itaboraí do Rio de Janeiro, a 7 de julho de 1832. Bacharel em letras pelo Colégio Pedro II e doutor em medicina pela faculdade do Rio de Janeiro, exerceu comissões e cargos do domínio da medicina, como o de medico adjunto do corpo policial da corte gratuitamente até junho de 1863, época em que foi nomeado professor de história antiga e moderna daquele colégio, mediante o respectivo concurso, passando depois a professor de história universal do internato do mesmo colégio. É membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Instituto Arqueológico e Geográfico Pernambucano, do Instituto Histórico de Goiana, do Instituto Acadêmico, do Retiro Literário e da Sociedade Propagadora das Belas Artes do Rio de Janeiro. Fez parte do Conselho diretor da instrução primária e secundária do município neutro e escreveu:

Da respiração nos vegetais e de sua influência na atmosfera; Vírus e peçonhas; Das lesões das funções digestivas determinadas por gestação; Raiva ou hidrofobia: tese apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e sustentada em 26 de novembro de 1858. Rio de Janeiro, 1858, in-4º grande.

Romances de Moreira de Azevedo: A arca da família. Amor de mãe. Por um triz. Rio de Janeiro, 1860, 84 págs. in-8º.

Honra e ciúme: romance. Rio de Janeiro 1860, 93 págs. in-8º.

Magdalena: romance publicado na Marmota e nas Folhinhas de A. Gonçalves Guimarães, 1830 – Nestas folhinhas publicou ainda:

O senhor meu tio: comédia em um ato.

Pequeno panorama ou descrição dos principais edifícios do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1861-1867, 5 vols. 330, 386, 338, 332 e 273 págs. in-8º.

Compêndio de história antiga: Rio de Janeiro, 1864, 147 págs. in-4º – Este compêndio tem várias edições com aumento; a quinta ó de 1883, IV-299 págs. in-8º.

Ensaios biográficos: Rio de Janeiro, 1861, 67 págs. in-4º – São 15 esboços de brasileiros ilustres.

Lourenço de Mendonça: episódio dos tempos coloniais. Rio de Janeiro, 1868, 256 págs. in-8º.

Mosaico brasileiro ou coleção de ditos, respostas, pensamentos, epigramas, poesias, anedotas, curiosidades e fatos históricos de brasileiros célebres. Paris, 1869, VI-209 págs. in-8º.

Os Franceses no Rio de Janeiro: romance histórico. Rio de Janeiro, 1870, 190 págs. in-8º.

Rio da Prata e Paraguai: Quadros guerreiros. Rio de Janeiro, 1871, VIII-200 págs. in-8º – Refere-se o autor a factos gloriosos para os brasileiros nas duas campanhas, de 1851 contra o ditador Rosas e de 1865 contra o déspota do Paraguai.

Criminosos célebres: episódios históricos. Rio de Janeiro, 1872, 261 págs. in-8º – Refere-se o autor aos criminosos Pedro Hespanhol, Vasco de Moraes e aos salteadores da Ilha da Caqueirada.

Curiosidades: notícias e variedades históricas brasileiras. Rio de Janeiro, 1873, 214 págs. in-8º.

Homens do passado: crônica dos séculos XVIII e XIX. Rio de Janeiro, 1875, 227 págs. in-8º.

O Rio de Janeiro, sua história, monumentos, homens notáveis, usos e curiosidades. Rio de Janeiro, 1877, 2 vols. in-8º.

Apontamentos históricos. Rio de Janeiro, 1881, 464 págs. in-8º.

Os partidos políticos no Brasil. Notícia histórica escrita em homenagem à Exposição de História do Brasil em 1881, 67 págs. in-4º gr, (autógrafo) – Não vi impresso esse trabalho.

História pátria. O Brasil de 1831 a 1840. Rio de Janeiro, 1884, 434 págs. in-8º com os retratos de Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, Marquês de Caravelas, Marquês de Monte-Alegre, João Bráulio Muniz, Francisco de Lima e Silva, Diogo Antônio Feijó e Marquês de Olinda.

Musa popular. Rio de Janeiro, 1884, 48 págs. in-16º – É uma coleção de cantigas do povo.

Rio da Prata e Paraguai: quadros guerreiros. Rio de Janeiro, 1890, in-8º – Contém a descrição das principais batalhas feridas pelo exército brasileiro desde Monte-Caseros até Aquidabã.

No tempo do rei: conto histórico. Rio de Janeiro, 1899, 196 págs. in-8º.

– Em revistas tem escritos, como:

Origem e desenvolvimento da imprensa no Rio de Janeiro – Na Revista do Instituto Histórico, tomo 28º, parte 2ª págs. 169 a 224.

Os túmulos de um claustro – Idem, tomo 29º págs. 255 a 308.

A Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro – Idem, tomo 30º, págs. 397 a 418.

O dia 9 de janeiro de 1822 – Idem, tomo 31º, pág. 33.

A Constituição do Brasil: notícia histórica – Idem, tomo 32º, págs. 71 a 112.

O combate da Ilha do Cabrita – Idem, tomo 33º, págs. 5 a 20.

Sedição militar na Ilha das Cobras em 1831 – Idem, tomo 34º, págs. 276 a 292.

Os tiros no teatro: motim popular no Rio de Janeiro – Idem, tomo 36º, págs. 349 a 358.

Sedição militar de julho de 1831 no Rio de Janeiro – Idem, tomo 37º, págs. 179 a 190.

Motim político a 3 de abril de 1832 no Rio de Janeiro – Idem, no mesmo tomo, págs. 367 a 381.

Motim político de 17 de abril de 1832 – Idem, tomo 38º, págs. 127 a 141.

Motim político de dezembro de 1833 – Idem, tomo 39º págs. 25 a 49.

O dia 30 de julho de 1832 – Idem, tomo 41º, págs. 227 a 235.

Declaração da maioridade do Imperador em 1840 – Idem, tomo 42, págs. 5 a 37.

Sabinada da Bahia – Idem, tomo 47º, págs. 283 a 304. Em resposta a este trabalho escreveu o autor deste livro uma memória publicada na Revista do Instituto, tomo 48º pág. 243, outro no tomo 50º pág. 177 e uma terceira no tomo 60º, pág. 46, todas na 2ª parte da Revista do Instituto, como são os trabalhos do Dr. Moreira de Azevedo.

Belém: topografia pátria – Na Primavera, tomo 1º págs. 17 e seguintes.

S. Luiz: topografia pátria – Idem, págs. 25 e seguintes.

A revolução de Pernambuco em 1817 e a província de Alagoas: memória oferecida ao Instituto Alagoano – creio que publicada em sua Revista.

O Dr. Moreira de Azevedo, finalmente, colaborou para periódicos como a Pátria, a Marmota, o Espelho, o Conservador e o Jornal das Famílias e foi o colecionador das poesias de Paula Brito, publicando:

Poesias de Francisco de Paula Brito, colecionadas pelo Dr. Moreira de Azevedo, com a biografia do autor, pelo mesmo doutor escrita. Rio do Janeiro, 1863, 37-212 págs. in-8º.

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